O Rio Grande do Sul passa neste início de ano pela época de feiras e leilões de ovinos, importante especialmente para a economia da Metade Sul. Nos últimos anos a ovinocultura vem ganhando atenção especial dos governos e entidades do setor agropecuário. Para os médicos veterinários, também é um momento de esclarecimentos e preocupações no que diz respeito a sanidade do rebanho gaúcho.
Conforme o delegado do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS), João Junior, esta é uma época fundamental no preparo dos animais para a estação reprodutiva. “É muito importante que os exemplares estejam com a vermifugação em dia, uma alimentação balanceada e é essencial estar também com o sal mineral administrado para que ele consiga ter uma boa produção espermática e trabalhe melhor o rebanho”, destaca.
O especialista lembra também que é necessário inspecionar a boca dos animais para ver se não tem nenhum problema e os mesmos consiga comer normalmente o pasto e ter uma maior conversão alimentar. “Sobre a verminose, é uma época crítica, aconselho fazer o teste de Famacha, onde se olha a mucosa para saber se é prudente desverminar. Este é o momento de se utilizar vermífugos mais fortes, uma vez que as fêmeas, especialmente, ainda não estão prenhes”, observa.
Para as fêmeas o delegado do Simvet/RS afirma que é preciso um cuidado especial com a alimentação. “Se utilizarmos 15 dias antes da estação de reprodução uma alimentação mais energética conseguiremos um incremento nas taxas de natalidade, com um simples manejo temos mais produtividade, e acaba permitindo que a fêmea ganhe peso e entre melhor na estação”, salienta.
Outra informação importante, de acordo com o especialista, é que sempre antes da estação reprodutiva é importante verificar os cascos para fazer o casqueamento preventivo a fim de evitar a podridão dos cascos em época de chuvas.
Junior ressalta que até o dia 15 de abril é obrigatório apresentar na Inspetoria Veterinária a nota fiscal da compra de piolhicidas e sarnicidas para ovinos. “O produtor precisa aplicar estes produtos nos seus ovinos. Já em feiras é obrigatório o produtor fazer o teste de epidedimite (com exceção ao mês de janeiro deste ano), que é a brucelose dos ovinos. O produtor deve apresentar o exame e o certificado de negativo para entrar em feiras”, enfatiza.