Na Espanha, um estudo revelou que 33% das famílias aumentariam “com segurança” seu consumo de carne de cordeiro e cabrito se, no ponto de venda, fossem oferecidas formas de preparo mais varidas, como filés sem osso ou carne moída ou picada. A pesquisa faz parte de uma análise do mercado sobre o consumo de ovinos e caprinos no país europeu.
O estudo foi realizado pela empresa Ikerfel, financiados pela Organização Interprofissional Agroalimentar de Ovinos e Caprinos (Interovic) e os resultados foram apresentados em Madrid, no seminário “Presente e futuro do consumo de carne de ovinos e caprinos”, que aconteceu em novembro deste ano.
O responsável pelas Pesquisas de Mercado e Marketing Estratégico do Ikerfel, Josu Gallego, apresentou as conclusões do estudo, realizado com 801 famílias e que detectou que o consumo de carne de ovinos e caprinos também subiria se estivesse mais disponível em maior medida, nos lugares onde são realizadas as compras de carnes.
Veja alguns resultados: cerca de 30% dos consultados garantem que comprariam mais cordeiros se encontrassem esse produto habitualmente em seu comércio; 29% gostariam de adquirir mais cordeiros e 37% comprariam com segurança cabritos se os encontrassem habitualmente em seus comércios.
Segundo o relatório, 25% dos consumidores de carne de cordeiro e cabrito aumentariam “provavelmente ou com certeza” seu consumo se estivesse nos estabelecimentos. Cerca de 60% das famílias compraram cordeiro ou cabrito no último ano e a porcentagem está em 42%, considerando os últimos três meses. Além disso, seu consumo está vinculado às celebrações (32% dos pesquisados o fez em determinados dias), de forma que se associa a um consumo em grupo ou durante uma festa.
Gallego afirmou que o consumo de cordeiro e cabrito seguirá em progressiva queda se não forem tomadas medidas para acabar com a estagnada do consumo, para que esteja mais presente no ponto de venda e para melhorar a inovação e a variedade na apresentação do produto ao consumidor.
Segundo o presidente da Interovic, Rafael Crespo, o setor precisa ser estar mais visível, uma vez que a carne ovina não é vista em nenhum lugar. Para ele, o estudo serve para elucidar sobre que ponto a campanha promocional deve atuar.
Ainda de acordo com Crespo, a aposta é inovar com apresentações simples, limpas e para o consumo rápido. O que, segundo ele, é habitual em outros países. “O objetivo é descartar a imagem do cordeiro como um produto muito elaborado e muito tradicional”, afirmou.
A partir desse seminário, a Interovic começa suas ações de promoção. Entre janeiro e março de 2014, projetarão a campanha de promoção, na primavera, será feita uma prova e será finalmente lançada, no final do próximo ano, para estender-se até 2017. Ao finalizar a campanha, a Interovic voltará a realizar um estudo de mercado para comparar seus resultados com os atuais.
Com informações do portal Agroinformación.