No ano passado, o Estado do Rio Grande do Sul registrou mais de 160 focos de Raiva Herbívora. Foram mais de 300 mil animais contaminados com a doença, que é transmitida por morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue). A raiva é uma zoonose, portanto, pode ser transmitida a seres humanos que tiverem contato com saliva do animal infectado.
O número crescente preocupa o Governo do Rio Grande do Sul, que ressalta a importância da vacinação contra a raiva dos herbívoros, especialmente em localidades onde existem refúgios para morcegos. Segundo a chefe do departamento de Educação Sanitária da Secretaria da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul, Rosane Collares, a vacina só terá seu efeito completo com reaplicação após 21 dias da primeira dose.
“A aplicação das doses não é obrigatória pelo calendário oficial, entretanto, é fundamental para evitar problemas maiores e até mesmo a contaminação de seres humanos, nas localidades que tiverem recomendação das inspetorias”, diz.
Ao notar presença de morcegos nos arredores da propriedade é necessário notificar imediatamente a Inspetoria Veterinária da região. O controle da doença é feito por meio da vacinação dos animais e pela identificação e redução da população de morcegos.
Sintomas
Em caso de suspeita, o produtor também deve ser notificar a Inspetoria e buscar atendimento em um posto de saúde. Os principais sintomas nos animais são agitação, falta de apetite e nervosismo. Depois, isolamento, fraqueza e paralisia dos membros, salivação abundante e dificuldade para engolir. Há uma evolução para dificuldade para levantar-se e morte entre quatro e seis dias após o início dos sintomas.