Produção de carne ovina mundial deve crescer pouco, diz FAO

DSCN1813A produção mundial de carnes deverá expandir modestamente em 2013, para 308,3 milhões de toneladas, um aumento de 4,2 milhões de toneladas, ou 1,4%, comparado com 2012, de acordo com as previsões da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O crescimento se concentrará nos países em desenvolvimento, que também são os principais centros de aumento da demanda.

A carne ovina continua mostrando um crescimento modesto, após um período de estagnação e a produção deverá aumentar 1,5%, para 13,7 milhões de toneladas. Os países em desenvolvimento são responsáveis por três quartos da produção, com os maiores produtores sendo China, Índia, Nigéria, Paquistão e Argélia. As condições satisfatórias de pastagens determinaram a base para a reconstrução do rebanho para muitas das principais áreas de produção da Ásia e da África.

A carne ovina é um elemento importante na dieta de países da África do Norte e do Oriente Próximo e em países desenvolvidos, incluindo Nova Zelândia, Islândia e Reino Unido. Nos países desenvolvidos, o principal crescimento deverá vir da Austrália e da Nova Zelândia. No caso da Austrália, a produção de carne ovina começou aumentando em 2011 e deverá continuar.

Para a Nova Zelândia, a seca durante o começo do ano resultou em um aumento nos abates e consequente redução do rebanho. Dessa forma, embora a produção de carne tenha crescido em 2013, a previsão é de um declínio para 2013/14 como resultado da redução do rebanho de cria. Na UE, segundo maior produtor, o declínio de longo prazo na produção pode ter terminado.

O comércio de carne ovina deverá registrar um segundo ano forte e poderá crescer 16%, para 961 mil toneladas. A maioria do aumento deverá vir da China, onde as importações aumentaram de forma significante nos últimos três anos. Além disso, um crescimento substancial na demanda está evidente em uma série de mercados, incluindo UE, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Qatar e Malásia. Quase 85% do comércio mundial, excluindo animais vivos, deverá vir da Austrália e da Nova Zelândia.

Uma mudança na demanda do mercado para a China e Oriente Próximo está levando a uma mudança no tipo de carne exportada, com um movimento em direção a carcaças inteiras, incluindo miúdos, diferentemente da preferência por somente cortes de maior valor que caracterizam os mercados da UE e dos Estados Unidos. A Índia viu um crescimento das vendas nesse ano, principalmente ao Oriente Médio, especialmente Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. O Uruguai também teve aumento nas exportações, focando em China e Brasil.

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